14 setembro 2007

Abel Mateus sem concorrência


O presidente da Autoridade da Concorrência já sabe que daqui a uns meses escusa de se incomodar mais. Ao que parece, a estratégia de se meter com gigantes como a PT, a EDP e a TAP, produziu anti-corpos que levam o governo e o PR a não o reconduzirem no cargo. Ainda por cima, dois anos depois de ter aplicado multas milionárias a 5 farmacêuticas 5 por cartelização, os tribunais anularam tais coimas por erros formais (não que as empresas não tenham cometido os factos por que estavam indiciadas). Assim, tudo vai voltar à normalidade e os monopólios e cartéis vão poder continuar a fazer gato-sapato do consumidor e a abusar das suas posições dominantes. E a saber que se alguém os quiser fazer pagar por isso, é substituído por outrem mais cordato , compreensivo, obrigado e respeitador...

3 comentários:

Jorge Pinheiro disse...

Sobre a questão de fundo não me posso pronunciar por dever de fidelidade laboral com uma das empresas citadas.
Quanto à figura, não passa de um académico vaidoso, quase a roçar o vaiquinze, cuja disfunção com a realidade é abissal. O mesmo, aliás, já se tinha passado com o desastrado regulador da ERSE que queria aumentos de 16%. É difícil o papel da regulação, não só porque tem,inevitavelmente, uma envolvente política, como porque se confunde independência com arrogância e falta de bom senso! Falta tradição e, se calhar, vontade... É pá, daqui a bocado estou a falar a sério!

Al Kantara disse...

Não conheço a personagem. Mas não me desagrada totalmente alguém que resolve punir fortemente as práticas que algumas empresas, por serem poderosas, se habituaram a achar normais.
Espero que o próximo, para apresentar serviço, não se concentre em fiscalizar feiras, tascas e cassetes pirata.

Jorge Pinheiro disse...

Para os músicos e autores é bom que continuem nas feiras... mas é outra entidade!