03 janeiro 2008

Estará tudo ligado ou é impressão minha ?

O governo fecha as urgências de Anadia. Diz que os doentes passam a ir para Aveiro e Coimbra. Uma paciente entra na urgência de Aveiro e é catalogada como tendo de ser vista no espaço de 1 hora. Ao fim de 4 horas de espera, morreu. O Hospital de Aveiro diz que tal se deveu à "anormal afluência" à urgência.
O senhor ministro ainda ontem garantia que as populações de Anadia é que não estavam a ver os benefícios da sua política de racionalização de recursos.
Tenho a impressão que o senhor ministro vai ter oportunidade de, em breve, nos explicar tais benefícios tim-tim por tim-tim na qualidade de ex-ministro. Talvez então nos convença...

3 comentários:

António P. disse...

Caríssimo,
Há que ver e ler bem nas entrelinhas.
No caso que falas da Anadia as urgências nocturnas serão enviadas para Coimbra e não para Aveiro.
No mesmo dia quantoa pessoas de maisd e 85 anso nãpo terão morrido em hospitais.
E viste aquela de o Chefe de Bombeiros , algures em Trás os Montes, dizer que o Ministério da Saúde não ter enviado nemhuma directiva sobre o transporte de doentes e na mesma peça um autarc o ter desmentido dizendo que os Bombeiros foram informados da nova rede de urgências para onde devem devem transportar os doentes ?
O ministro e o 1º ministro podem ser arrogantes e não explicarem bem as coisas mas que há muita demagogia e desinformação lá isso há.

Abraços

Jorge Pinheiro disse...

O problema é esta malta não ler os blogues!

Al Kantara disse...

Caro António, concedo que neste caso particular possa não haver um fenómeno de causa-efeito directo e haja alguma desinformação e demagogia no meio da indignação das populações. Mas a pergunta não deve ser "Quantas pessoas com mais de 85 anos terão morrido em hospitais?" mas sim "Quantas pessoas esperam mais do que é razoável nas urgências dos Hospitais ?", seguida de um "Estão as Urgências que se vão manter abertas preparadas para o aumento da afluência provocado pelo encerramento das que se estão a fechar ?"

Abraços