Estou a jantar, tranquilo, a ouvir notícias. Enquanto trinco o frango, coitado, oiço nas notícias que o estado português tem 96 organismos consultivos que são pagos por todos nós para contratarem aos amigos estudos e pareceres milionários que todos pagamos outra vez. Percebo depois que à Mota-Engil, através da Liscont, está para ser entregue de mão beijada uma concessão por 30 anos que lhe permite explorar e triplicar o movimento de contentores ali em Alcântara. Tudo sem concurso público e sem ninguém perguntar se isto não terá a ver com o facto do ex-udp-ex-ministro-ex-impoluto-ex-comentador-ex-quadrado-circular (e ainda socialista ?) Jorge Coelho ser agora o eficaz e competente CEO da empresa a puxar cordelinhos, antes oiço um manda-chuva do porto de Lisboa a gaguejar patranhas e a tentar justificar o injustificável. Ainda tenho tempo para ouvir a Teresa Caeiro a rejubilar com o crescimento do CDS-PP nos Açores e a Odete Santos a garantir que se os cubanos não emigram para os Estados Unidos é tão-somente pelo facto de não quererem e de os serviços de emigração americanos lhes negarem o visto de entrada. Puta que pariu !... Estou mesmo a precisar de um fim de semana reparador...
24 outubro 2008
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2 comentários:
Esse tipo do Porto de Lisboa merecia uma navalhada, até me meteu nervos ver o tipo a falar.
O Mário Crespo até já tremia, estivemos quase a ver um murro em directo na SIC News.
Depois pensei, opá pagaram ao gajo para lá ir, só pode.
Ninguém faz aquela figura de parvo à borla.
Ainda ontem a conversar com o meu sogro lhe dizia que, com tudo o que se está a passar e que sabemos e com tudo o que se está a passar e não sabemos, cada vez mais me sentia à beira de um ataque de nervos, de explodir. Ele dizia-me, e bem, que não podemos mudar o mundo, apenas o nosso pequeno círculo de influência está ao nosso alcançe. Eu sei disso mas não é fácil a distanciação que ele, na sua, me aconselhava.
Dá vontade de me tornar terrorista. O problema é que não conseguiria aterrorizar os que merecem ser aterrorizados... uma vez que os aterrorizados são sempre os mesmos e não merecem.
Vou por isso tentar fazer com que essa vontade não se torne incontrolável e tentar envelhecer o melhor que me fôr possível no tal círculo restrito da nossa influência de que o pontaymola faz parte. Abraço Al.
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