O vice-presidente do PSD garante que as garantias estatais de 20 mil milhões são bem-vindas. António Borges, um dos recentes 350 vice-presidentes da Goldman Sachs cujas estratégias levaram a instituição ao estado de saúde actual, era um acérrimo defensor de cada vez menos estado na economia e na finança. Agora, diz ele, estamos a viver uma situação especial (a situação especial é que os génios das instituições financeiras como ele conseguiram pôr a economia mundial de pantanas enquanto ganhavam milhões de dólares anuais...) e por isso, o compromisso do estado em garantir operações até ao valor de 12% do que todos produzimos anualmente é uma medida que vai no bom sentido. Pois eu diria que o que iria mesmo no bom sentido seria pôr o património pessoal dos responsáveis pelas grandes instituições financeiras a garantir solidariamente com os 12% do nosso rico PIB, as operações interbancárias. Assim, se a coisa desse para o torto, oops, lá se ia a casa de 5 milhões ganha em "derivatives"...
12 outubro 2008
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2 comentários:
ora bem, comecemos por:
bemvindas, não existe. o melhor mesmo seria "bem-vindas".
garante que as garantias...não é erro mas também não é elegante.
cujo a estratégia levaram...melhor seria, cujo a estratégia levou.
inter-bancarias...querería dizer interbancária?
portanto, quanto a telhados de vidro estamos conversados.
e já agora...não se amofine ;)
Caro pduarte, não me amofino nada. Já agora :
1- "garante que as garantias" foi mesmo propositado (pode não gostar mas tem de ter paciência)
2 - Tem toda a razão em relação à " cuja estratégia levou". Mas eu substituo por "cujas estratégias levaram" pois estou a referir-me aos 350 vice-presidentes...
3 - Confesso a minha baralhação crónica em relação à colocação do hífen desde o des(acordo) ortográfico.
PS - Espero que estas deficiências não me obriguem a ver a obra completa do César Monteiro. Conto com a sua indulgência...
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