Faz impressão tanta sensibilidade social. A referência explícita aos alimentos é tocante. Talvez o senhor ministro não saiba mas quem se preocupa com a escalada de preços dos alimentos é precisamente a camada economicamente mais frágil da população que gasta grande parte do rendimento disponível (leia-se salário) em alimentação. Dizer a estes ( em que estão incluídos os reformados e pensionistas dos 200 euros mensais e as pessoas com menores recursos económicos) que têm de saber viver com isso, é insultuoso. É que não estamos a falar de caviar beluga ou trufas, estamos a falar de pão, leite, arroz, enfim, mercearias...
Eu sei que os ministros também não ganham nada por aí além (consta que não excedem os 10.000 euros mensais...) e que devem achar normal que todas as pessoas se habituem às condições do mercado alimentar. Mas que sejam tão socialmente autistas que o mencionem em público é, no mínimo, confrangedor...
2 comentários:
A insensibilidade e o autismo são vulgares por aí. Tenho uma cliente, que me recusou um aumento de 5,00 eur numa avença de 120,00/mês. Tem casa em Lisboa, Algarve e Parede, onde isto se passa, um Audi(2004), um jipe Kia
(2008) e um outro desportivo(recente) de que não lembro a marca. Esperando que eu tivesse pena dela, pela entoação, disse-me que só tinha sido aumentada na sua parca reforma em 2%. Na garagem um Bugatti(mas é do irmão que deve ser outro a viver aflito), enfim... lá vamos cortando a relva!
Amigo Astyracan, se a gaja foi aumentada 2%, impôe-lhe um aumento de 2% : sempre são 2,40 euros...
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