03 abril 2008

Ai Tirana, Tirani(nh)a...

Digam lá se isto não é de desempedernir o coração de um pequeno-burguês saudoso do paraíso. (Reparem que podia ter escolhido o Ceausescu, o Tito, o Andropov, o Mao, o Honecker, outros cujos nomes nem sei pronunciar, mas escolhi o Hoxha para não perturbar a minha recente aproximação respeitosa aos presentes arautos do "socialismo real"...)

19 comentários:

Anónimo disse...

Salvador Allende
Victor Jara
Pablo Neruda


Há mais.

Al Kantara disse...

Não, esses não são farinha deste saco...

ortega disse...

É verdade que muitas das personalidades do século passado, da arte até à política, que admiramos, eram ou foram marxistas-leninistas. Sendo uma filosofia supostamente de libertação nunca percebi porque é que na práctica houve sempre necessidade de recorrer ao culto da personalidade. Substituir icones parece-me pouco progresso para tanta mobilização.

Al Kantara disse...

Caro Ortega, aqui deixo uma citação do século XIX que, infelizmente, sempre foi confirmada em todo o século XX :
"Assim, sob qualquer ângulo que se esteja situado para considerar esta questão, chega-se ao mesmo resultado execrável: o governo da imensa maioria das massas populares faz-se por uma minoria privilegiada. Esta minoria, porém, dizem os marxistas, compor-se-á de operários. Sim, com certeza, de antigos operários, mas que, assim que se tornem governantes ou representantes do povo, cessarão de ser operários e por-se-ão a observar o mundo proletário de cima do Estado; não mais representarão o povo, mas a si mesmos e as suas pretensões de governá-lo. Quem duvida disso não conhece a natureza humana."
Bakunine

Anónimo disse...

Carlos Paredes
Fernando Lopes Graça
Rogério Ribeiro
Luiz Pacheco (um bocadinho passado dos carretos, mas bom homem)

Olhe e a Frida Kahlo que foi uma grande mulher.

É para todos os gostos e sensibilidades.

Nós defendemos uma Democracia avançada no limiar do Século XXI.

Não temos inscrito no nosso programa a transição para um sistema socialista ou comunista.

Para o momento histórico presente defendemos Democracia avançada, nas áreas da Educação, Saúde, Habitação e Trabalho bem como o cumprimento dos direitos, deveres e objectivos sociais, inscritos na Constituição da República Portuguesa.

Tal como no Congresso de 1943 defendíamos o fim da ditadura fascista e exigíamos democracia, sufrágio universal, direitos sociais e políticos. 30 anos depois foi possível a Revolução de 1974.

Só me faltava era desenterrar o Pol Pot... o que é que o nosso partido (que há-se ser também o seu) tem a ver com aquelas realidades?

Ps- Apesar do colectivo não o considerar, cá para mim, a propriedade continua a ser um roubo. Somos todos irmãos.

astracan disse...

Olá Al-Kantara, bom dia Ortega, é bom vê-lo de novo na blogoesfera! O problema do poder... são muitos.
Quando se o tem, as lógica e organização mental são inevitavelmente alteradas no sentido de o preservar. O poder dá prazer e potencia o ego que são duas coisas de que o humano tem imensa dificuldade em se libertar. O sentido do outro também se altera drasticamente, porque o poderoso sente-se a valer tanto como uma moitona de outros. Chama-lhes "efeitos colaterais". Para além disso, altera por completo o sentido das proporções e interfere profundamente nos critérios de definição de prioridades. Vejamos:
Prioridade I - Conservá-lo.
Prioridade II- a partir daqui escolham vocês...

Al Kantara disse...

Cara anónima, dos nomes agora por si adiantados posso dizer-lhe que conheci dois deles pessoalmente. Garanto-lhe que, como seres humanos, não eram passíveis de se classificarem no mesmo grupo dos dirigentes que refiro no meu post. Quanto ao Pol Pot, provavelmente morreu convencido que os seus crimes eram justificados pela praxis revolucionária. Talvez até tenha pensado : A História me absolverá. Contudo, (também ele) estava enganado. Se o seu partido tem ou não alguma coisa a ver com estas (e outras) realidades, não sei. Sei é que se distancia delas geralmente tarde e com justificações pouco convincentes...

Anónimo disse...

Oh, pelos santinhos, já voltou ao mesmo (des)alinhamento. Logo agora, que estava tudo a correr tão bem. Há dias em que você acorda cá com um espírito, Jesus.

Acham mesmo que é o poder que comanda as cabeças dos homens? Claro que não, quem comanda são as mulheres. Primeiro as mães, depois as irmãs e as amigas e finalmente são entregues aos cuidados das vossas esposas e filhas.

Pela nossa parte, move-nos o amor e os filhos, claro.

Deixem de ser tão cinzentões, só vêem cifrões, balas e petróleo à frente.

Há uma frase que costumamos ouvir e (para mim) faz todo o sentido: nós somos o presente, porque ainda não podemos ser o futuro.

Resistir e lutar é já vencer.

É nestas alturas, que nos apetece cantar a internacional e brindar aos novos tempos, sem exploração e sem miséria! Mas com poesia e amor.

Tchau, bom fim-de-semana, vou a banhos. A sério, vou para a Caparica, preferia ir para Havana, mas é assim, o passe L123 não dá para tudo.

bijagós disse...

Hohxa for enver!

Jorge Pinheiro disse...

Mas vocês não estão todos um bocadinho desviados da realidade actual?

Al Kantara disse...

Expresso, mas quem é que te disse que isto era um blog sobre a realidade actual ?...

Jorge Pinheiro disse...

Certo.

Anónimo disse...

Bom, regressámos, eu e o meu Zé Manel, estava um bocado ventosa a Caparica.

Em relação à Albânia, nem mais uma palavra, juro.

Passei ali, pelo estaminé do seu amigo expresso, e sim senhor, bela posta de bacalhau.

Bom retiro-me, é desta. Foi-me confiada outra tarefa, na Cedofeita.

Os camaradas acham que eu sou muito maternal e por isso, não posso ser a camarada de serviço à linha.

Se algum dia passar por lá com a sua senhora, já sabe, há sempre um frango assado para os amigos queques da linha.

Al Kantara disse...

Oh pááááá! Agora que eu já 'tava a habituar-me. Agora quem é que virá vigiar-nos ? Algum bruto, se calhar, a querer fazer-nos mal. Oh pááááá! Que chatice... (E já agora, o que é que Cedofeita tem que a Oeiras lhe falte ?) Oh páááá!

PS. - Frango assado é boa ideia, a malta é queque mas raramente come perdiz, veado ou javali...

Anónimo disse...

É mesmo fofo. Esteja descansado que, da nossa parte, não vem cá ninguém contaminá-lo. Já o percebemos, é intransigente com os desvios ideológicos no plano internacional, é aquilo a que nós chamamos de ortodoxo e perfeccionista.

O trabalho, daqui por diante, será filiá-lo. O camarada Casanova vive para os seus lados, acho que ele, como tem tão bom feitio, é capaz de ser o mais indicado para a sua situação. Perceba-me, eu ia convencê-lo só porque ia fazer com que tivesse pena de mim, ia apelar aos seus bons sentimentos, além de ser muito bonita, o que dá sempre azo a mal entendidos. É verdade, sou muito manipuladora, engano muito.

Mas o que disse, em relação ao parvo do António, mantém-se. Evite-o, dê-se mais ao amigo Expresso, que gosta realmente de si e àquela moça, Jigalós? É difícil, para quem só fez a 4ª classe, conviver com tanto nível, até os nomes são finos.

Não gosta de pronunciar Cedofeita? O c tem que ser chiante, parte-me toda.

Al Kantara disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Al Kantara disse...

Cá fico à espera do seu camarada Casanova. O pior é se, ao fim de algumas conversas comigo, ele fica como o Fernando Vicente ou o Lopes Guerreiro. Depois não diga que eu não avisei...

bijagós disse...

Oh minha cara anónimo (porque será que não me soa totalmente bem?...) não resisto à sua provocação. É que me deu realmente uma boa ideia! Jigalós parece-me bem melhor que Bijagós... o problema é mudar assim, a meio do jogo. Mas guardo a sugestão.
Outro assunto: "fofo", sim! Aí está uma expressão que não destoa de uma verdadeira tia. Os meus parabéns! Você chega lá! (Se é que não esteve sempre lá...). Beijinhos. Não, desculpe: beijocas!

Anónimo disse...

Minha querida tia, peço desculpa, mas eu só sei escrever aquilo que consigo pronunciar. Vou demorar, uns bons tempos, a habituar-me ao seu diminutivo. Que adoro.

Em relação aos meus tiques, se calhar o convívio com os queques da linha, contagiou-me, passei a ver tudo super fofo… Não foi tudo, foi só o alcantarilha, o expresso e a tia amiga.

Está a ver, é por estas e por outras que fui recambiada para Cedofeita, é fácil habituarmo-nos ao conforto da pequena burguesia, mas eu seria sempre uma Carla Vanessa. Mesmo que os amigos queques me aceitassem num primeiro momento, dadas as minhas boas particularidades (para as meninas e para os meninos).

Na verdade chegaria um momento em que a querida tia propunha: Oh Carlota*, não queres ir lá a casa, passar-me a roupa? 4€ à hora, olha e já agora vai passear-me os cães e estende-me a roupa, ok? beijocas. Já os meninos, eram bem capazes de invejar a sorte dos cães e tinha que passeá-los também.


*Carlota é mais fino do que Carla Vanessa.