José Eduardo Agualusa é escritor, angolano, e teve o azar de, recentemente, considerar Agostinho Neto um "poeta medíocre" . Esta crítica suscitou um tal burburinho que logo se levantaram ofendidas vozes em defesa da honra literária de Neto. Um tal João Pinto (não o futebolista, presumo), professor na Universidade Agostinho Neto, escreveu um artigo, sob o título "Literatura e Identidade e Política", em que proclamava a necessidade de responsabilizar criminalmente "por estarem reunidos todos os requisitos do ultraje à moral pública, previsto e punido no artigo 420º do Código Penal".
Pronto, eu sei que isto não tem muita graça, mas eu quis pôr aqui no blog que é só p'ra gente se rir um bocadinho...
10 comentários:
Todavia a Terra continua a girara à volta do Sol.
Um abraço
Nunca se sabe. Aguardemos pelas decisões das autoridades, ao abrigo do artigo blá,blá,blá.....
Que raio ... Devem ser irmãos! Gostam do blog e não falam Português. mas ao menos são calorosos mandaram te um abraço e tudo!
Vá lá que os gajos do Tibete são pacifistas! Safa!!!
Outro post sobre o mesmo tema: http://cravodeabril.blogspot.com/2008/04/democracia-de-agualusa.html
Caro Castendo, li o post. Sobre ele devo dizer que qualquer discussão mais ou menos acesa sobre a qualidade da poesia de Neto é bem vinda e desejável. Que Agualusa diga que quem tem opinião literária contrária à sua é ignorante e que lhe respondam que o ignorante é ele, por mim, é para o lado que durmo mais descansado. Agora quando se acha que há motivo para processos criminais por ofensas à moral pública por uma opinião literária, aí já não consigo dormir com o ruído das gargalhadas que não controlo. Já agora, deixe-me dizer-lhe que não me sinto habilitado a classificar a poesia de quem quer que seja, tendo apenas como bitola o gosto pessoal, o que reconheço ser pouco para crítico. Dito isto, não me façam exames literários em tribunal, está bem ?
Já somos dois: «não me sinto habilitado a classificar a poesia de quem quer que seja, tendo apenas como bitola o gosto pessoal, o que reconheço ser pouco para crítico. Dito isto, não me façam exames literários em tribunal, está bem?»
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