Este é um medicamento oncológico que tem sido internacionalmente usado com algum sucesso também no tratamento de uma doença dos olhos chamada degenerescência macular. Esta semana, seis pacientes ficaram cegos na sequência do tratamento aplicado no Hospital de S. Maria.
A imprensa já teve acesso a uma carta que a Roche enviou em Fevereiro às farmácias hospitalares e aos directores de serviço de oftalmologia informando que “a Roche não estudou nem procurou obter autorização para o uso de Avastin em contexto oftalmológico". A minha pergunta genuína (porque não percebi nem tive acesso à carta enviada aos médicos portugueses...) é :
A Roche informou os clínicos que em Novembro de 2008 ocorreram 36 casos de reacções adversas com inflamação grave em doentes tratados com Avastin em 4 centros oftalmológicos do Canadá ou preferiu omitir o facto e ficou-se por meias-verdades aparentemente inócuas ?...
Em Dezembro de 2008, a Genentech (empresa que comercializa o Avastin nos EUA) informou os médicos americanos das ocorrências no Canadá e a Roche avisou os clínicos canadianos do que se estava a passar. Se a Roche fez o mesmo em Portugal, parabéns. Se não o fez, a carta de Fevereiro é curta. Muito curta...
Em Dezembro de 2008, a Genentech (empresa que comercializa o Avastin nos EUA) informou os médicos americanos das ocorrências no Canadá e a Roche avisou os clínicos canadianos do que se estava a passar. Se a Roche fez o mesmo em Portugal, parabéns. Se não o fez, a carta de Fevereiro é curta. Muito curta...
PS - Parece que existe um medicamento parecido com o Avastin, devidamente licenciado pela FDA para uso oftalmológico, chamado Lucentis. Só que é muito mais caro...
1 comentário:
Interessante que a Genentech comercializa o Lucentis e o Avastin. Por embalagem num ganha 10 vezes a mais do que no outro. E comunica pelo mundo que o "Avastin" não é aconselhado. Claro que não. Ao lucro deles nao é.
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