Urias era general e andava, lá longe, na guerra. Em casa, a esposa, Bathsheba tomava banho quando o rei David espreitava, tendo-se lhe acendido o desejo. E se bem o acendeu, melhor o apagou, tanto que a senhora acabou por engravidar. Ora, nestes tempos imemoriais, já era conhecido o velho prazo de nove meses pelo que o rei David ficou com um problema que ainda tentou disfarçar. Mandou vir o general a casa mas Urias, desconfiado,nem p’rá mulher olhou. Por isso, David mandou o general e amigo para a zona de guerra mais violenta, tendo o homem morrido às mãos dos filisteus. Ora, o deus de israel era lixado e não perdoava estas filhas-de-putice, mesmo vindas de um rei-pastor que tinha matado Golias à pedrada. Assim, após nascer, o filho de David e Bathsheba foi acometido de doença inexplicável e morreu. É claro que o rei adúltero ainda pensou que a morte da criança estivesse relacionada com os 40% de mortalidade infantil da época mas, pelo sim, pelo não, arrependeu-se muito dos seus pecados e, garante a Bíblia, foi perdoado pelo tal deus de israel.
Desta historieta exemplar que muito contribuiu para a má-fama do desejo na cultura judaico-cristã, podem tirar-se conclusões várias :
1 - Que os “espreitas” não são um fenómeno recente...
2 - Que quando um rei deseja nem os generais estão a salvo...
3 - Que, se esta história fosse com um rei português, Urias receberia uns títulos nobiliárquicos acompanhados de umas amplas terras e teríamos hoje mais uma família tradicional portuguesa e monárquica, cheia de pergaminhos, fundada num par de cornos...
Desta historieta exemplar que muito contribuiu para a má-fama do desejo na cultura judaico-cristã, podem tirar-se conclusões várias :
1 - Que os “espreitas” não são um fenómeno recente...
2 - Que quando um rei deseja nem os generais estão a salvo...
3 - Que, se esta história fosse com um rei português, Urias receberia uns títulos nobiliárquicos acompanhados de umas amplas terras e teríamos hoje mais uma família tradicional portuguesa e monárquica, cheia de pergaminhos, fundada num par de cornos...
11 comentários:
Muito bem dito! :))
Isso aconteceu não só em Portugal, mas em muitas monarquias europeias...
Saíste-me cá um malaaaaaaaandro...!
Deduções dessas não são para todos... e pares de cornos são dos pares mais chatos que há, mesmo sendo pontiagudos e, incongruência absoluta, a dor é sentida no extremo não pontiagudo... vá-se lá perceber estas coisas.
... e com o brasão na esquina da das paredes e não ao centro. Adoro judeus. Gente de moral biblíca!
Ótima história! E como bem diz o Maldonado, muitas histórias como essa aconteceram mundo afora!
Forte abraço
Informações preciosas...sei que muitas as casas reais que passaram pelo mesmo...cornos ...sempre....resultado de desejos impossíveis de refrear..um mal tão velho quanto o mundo.
Viva, Al!
É isso, acertou. O do "boudoir", com todas as repercussões. O resto? Confusões.
Abraço
Ruben
Aqui tem desejo pra tudo quanto é lado, nossa coisa boa.
Bela postagem, cheia de história, de ponta e mola desafiando nossos instintos.
Beijinhos,
Chris
Muito bem pensado e com ótimas conclusões! Um abraço!
Começou com o filho a bater na mãe e continua hoje tudo à pancada, sem se saber quem é filho de quem..
Enfim, o habitual.
Parabéns pelo post.
Ai, que me fartei de rir... estava a precisar.
Aquilo começou tão direitinho e, de repente, guinou... não estava à espera e adorei e subscrevo as conclusões. Amem, como diria um amigo nosso!
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