28 dezembro 2008

Enquanto por aqui andamos em festa...

...em Gaza um cidadão exibe a mão ensanguentada. Aliás, é impossível encontrar gente com as mãos limpas de sangue nesta história insana que não se sabe quando e como acaba. De um lado os assassinos do Hamas que dizem resistir ao ocupante disparando rockets à toa e explodindo suicidas, matando indiscriminadamente homens, mulheres e crianças por serem judeus, numa das mais estúpidas guerrilhas urbanas da história da humanidade. Do outro lado, Israel que reage da unica forma que sabe, absolutamente desproporcionada, bombardeando o Hamas e, já agora, mesquitas, hospitais, campos de futebol, centros de enfermagem, enfim, tudo o que mexa e tenha perninhas, matando homens, mulheres e crianças por serem palestinianos e levando a que a população palestiniana cada vez mais se reveja nas posições extremistas e assassinas do Hamas. Entretanto, o Ocidente faz tricot com as mãos alvas, brancas e puras. Ou talvez não...

4 comentários:

Jorge Pinheiro disse...

Uma miséria sem solução. Israel devia ter sido na Baviera.

Lília Abreu disse...

é o expresso da linha tem razão...

astracan disse...

Lia eu há uns tempos, o ano passado lá para Agosto, "As Cruzadas vistas pelos Árabes" do Amin Malouf e, na cama antes de dormir, interrompo a leitura numa altura da narrativa em que havia bordoada que fervia em Mossul(ano 1100 e picos).(Agora não me recordo da razão objectiva e estou com preguiça de ir à estante verificar). No dia seguinte vou ao café tomar o pequeno almoço, ler o jornal, o Público, e eis que, na primeira página, leio: Bordoada de meia-noite em Mossul(ano 2007).
Não se cansam?

roserouge disse...

Não me parece que esta história tenha fim. O ódio está demasiado enraizado, e como disse o astracan e muito bem, a coisa já tem milhares de anos. Não, não se cansam.