De acordo com o PEC português entregue na UE em 2006, este indicador - que calcula o valor dos impostos e das contribuições para a Segurança Social em percentagem do PIB - deveria passar de 35,2% em 2005 para 36,7% em 2008. A verdade é que atingiu os 37,5% em 2008 e o governo está muito contentinho porque diz que isto é fruto exclusivo de eficiência na cobrança. É mentira porque resulta, isso sim, do aumento do IVA (de 19 para 21 e depois para 20, nunca voltando aos 19,,,), dos aumentos obscenos do IMI (com casos em que esse imposto mais do que decuplica em pouco tempo...), do Imposto sobre Produtos Petrolíferos, do IUC ( com aumentos anuais de mais de 10 % ...), da redução acentuada dos benefícios fiscais, das receitas extorquidas, a título de exemplo, a incautos cidadãos a recibo verde que nunca fecharam actividade e que, apesar de não terem tido rendimentos nos ultimos anos, são obrigados agora a liquidar importâncias absolutamente absurdas à Segurança Social porque "é assim que está na lei", apesar dos serviços, durante anos ignorarem esses contribuintes por absoluta falta de meios e competência, enfim, temos todos razões de sobra para encararmos 2009 com o optimismo dos alienados : estamos a aproximarmo-nos da carga fiscal média da UE. Esquecemos que o que interessa às famílias e às empresas não é o valor da carga fiscal. É o dinheirinho que sobra depois dela. E esse, é muito inferior à média da UE ...
30 dezembro 2008
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1 comentário:
Toda a razão... Mas há um círculo vicioso. Em Portugal toda a gente precisa do Estado e não passa sem ele. Assim, só com mais impostos!
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