22 julho 2008

A silly season 'inda agora começou

VOCÊ DECIDE

Fátima Lopes: apresentadora está mesmo grávida?
SIM
NÃO
Por incrível que pareça, esta é a sondagem que o Correio da Manhã - edição on line propôe aos seus leitores. Claro que não respondi. Pois se não me deixavam decidir DE QUEM é que a Fátima Lopes estará grávida !...
PS - Coitada da Fátima Lopes. Só vai saber o resultado do teste de gravidez quando fechar a sondagem. É o que dá ser famosa...

8 comentários:

Anónimo disse...

Eu voto SIM. E é claro que é do marido!

Jorge Pinheiro disse...

Quem é a Fátima Lopes?

Anónimo disse...

Há duas. Uma é costureira e a outra apresenta programas na SIC de manhã. A supostamente grávida é esta. A modista não, senão estraga a linha.

sodona.leide disse...

não posso!
não há noticias sobre o cristiano ronaldo?

eh... que jornal fraquinho!

Anónimo disse...

Há pois. Li hoje de manhã num daqueles jornais gratuitos que ele afinal não foi nada prós copos com uma data de putas lá em LA. Não, tudo mentira...

sodona.leide disse...

realmente, lá anda ele na sua vidinha, sossegado a recuperar da cirurgia e ainda vêm escrever barbaridades sobre o rapaz!
ele há coisas....

Tiago Moreira Ramalho disse...

ó al kantara, o correio da manhã não é leitura que se recomende, diz que provoca lesões graves no cérebro e alterações de comportamento várias.
é realmente triste que a informação em Portugal seja isto...

Anónimo disse...

Inquieta com a situação na Quinta da Fonte, a célula local do PCP reuniu-se. Após vivas discussões, decidiu-se colocar o problema à direcção do Partido para receberem orientações. Para a tarefa, foi destacado o camarada Álvaro, pelo nome, por ser membro do secretariado da célula e porque era jovem e veio da classe operária (está a frequentar as "novas oportunidades" mas trabalhara antes, por não querer estudar, numa oficina onde se trocavam matrículas de automóveis). E o camarada Álvaro cumpriu, como lhe competia, o percurso habitual do centralismo democrático. Foi logo direito à Comissão de Freguesia. Daqui, depois de ficar a saber que os problemas advinham da política de direita do PS, passou para a Comissão Concelhia em Loures, onde foi esclarecido que os problemas não eram só culpa do PS mas também do Sócrates. Encaminhado para a Organização Regional de Lisboa, percorreu a via sacra dos transportes públicos até chegar à Avenida da Liberdade, onde a camarada Rosa, da Comissão Política, o recebeu no seu gabinete, ouviu-o pacientemente e elucidou-o que os problemas não vinham só do PS e de Sócrates mas também do Presidente Cavaco, explicando-lhe, à laia de conclusão, como devia apanhar os autocarros até à Soeiro Pereira Gomes, onde o Secretário Geral o receberia. Meio zonzo de tantas voltas, com a barriga a dar horas, o camarada Álvaro lá chegou à sede do PCP, onde, dizendo ao que vinha, e depois de identificado com o cartão do partido e o bilhete de identidade (por causa dos provocadores), o responsável da segurança, fazendo vista grossa ao evidenciado atraso no pagamento das quotas, guardando os cartões, abriu os ferrolhos de acesso à fortaleza do Olimpo e meteu-o, acompanhado por um camarada mais gordo que musculado, no elevador até ao piso cimeiro onde o camarada Jerónimo o recebeu efusivamente com um daqueles apertos de mão que só os operários experimentados e com forte espírito de classe sabem trocar entre si. Em conversa animada e fraterna, o camarada Jerónimo ouviu atentamente (mais a si próprio que o Álvaro), tomou notas sobre notas, explicando, em fim de conversa, que o problema não era só o PS, Sócrates e Cavaco, mas residia principalmente, essa era a questão central, no incumprimento da Constituição, rematando com uma máxima muito sua: "quem luta nem sempre ganha, quem não luta perde sempre". E dando-lhe um abraço fraternal, acompanhado de uma piada inocentemente brejeira ("se fosses uma camarada, dava-te dois beijinhos, assim ficas pelo abraço") pontuada por uma gargalhada sonora capaz de fazer vibrar o tecto zincado de uma antiga fábrica da Cintura Industrial, prometeu que abordaria a questão da Quinta da Fonte no seu próximo discurso. Depois, disse-lhe para descer, mas sempre acompanhado, até ao piso térreo onde o esperava já a camarada Anabela da redacção do “Avante”. Esta, declarando-lhe a abertura do órgão central do Partido para os problemas concretos e as lutas dos trabalhadores e das populações, fez-lhe uma longa entrevista em que, mais uma vez, o camarada Álvaro detalhou os quês e os porquês dos problemas e da fogachada na Quinta da Fonte. No final, a camarada Anabela acrescentou ao rol de culpados pela situação na lista que o camarada Álvaro tinha visto a aumentar em cada passo percorrido da montanha russa em que viajara pelo centralismo democrático, que, segundo a opinião pessoal dela que não comprometia nem o Partido nem o “Avante”, o que fazia falta em Portugal, para combater o PS, Sócrates, o Cavaco e a violação da Constituição, eram umas FARC à maneira. E felicitou-o pela entrevista que ia, sobre isso não tinha dúvidas, dar brilho à próxima edição do “Avante”. Acrescentou que também ia dar uma palavrinha à camarada Margarida, responsável pelos camaradas da frente de luta na blogosfera, para não deixarem morrer o assunto e trocar com ela umas impressões para depois se elaborar um texto com links para os comunicados do Partido, para, após os retoques de estilo a serem dados pelos camaradas Dias e Vilarigues e depois de aprovado por um camarada responsável, os blogo-camaradas, sem mexerem sequer nas vírgulas, espalharem em "copy-paste" por tudo quanto é post (dos nossos) e caixa de comentários (dos da reacção). O camarada Álvaro disse que sim senhora cara camarada, mas estava demasiado fraco para mais entender pois, desde o desjejum da manhã, nada mais comera e o sol já ameaçava retirada. A camarada Anabela, pressurosa e pragmática, levou-o até ao bar da Sede, mandou vir uma sandes de presunto e um galão, sossegando-o “come que paga o partido”. Depois, acompanhou-o à porta (onde o camarada Álvaro recebeu de volta os cartões) e desejou-lhe boa sorte na luta. De regresso à Quinta da Fonte, já a noite se estendia para dar contraste às balas perdidas, o camarada Álvaro ainda teve forças para reunir a célula e fazer o ponto da situação:

“- Olhem, camaradas e amigos, resolver não resolveram nada, porque tudo é culpa do PS, de Sócrates, do Cavaco, das folhas rasgadas na Constituição e de não termos FARC, mas pagaram-me o lanche e podemos estar todos confiantes – O NOSSO PARTIDO TEM UMA GRANDE ORGANIZAÇÃO!”.