26 março 2009

Playboy em versão portuguesa...

A versão portuguesa da revista Playboy chega às bancas amanhã e parece que a Mónica Sofia (?) vai mostrar os seus recônditos segredos. Apesar de eu não saber quem raio será a Mónica Sofia, parece-me bem vinda esta modernice que chega a Portugal para que as Mónicas Sofias, as Tânias Vanessas e as Marlenes Carinas possam mostrar o que valem. Com um preço de capa de 3,95 euros (que isto anda mal em todo o lado...), a revista terá «quatro grandes eixos»: a Grande Entrevista, Playmate, Vinte Questões e Capa. Além disso terá «reportagens de fundo». Contará com uma redacção com 23 colaboradores, entre eles o escritor Pedro Paixão, o humorista Nuno Markl e o ilustrador Nuno Saraiva. Poderá o leitor, assim, alegar que comprou a revista para ler os textos do Paixão ou as piadolas do Markl e não para se deliciar visualmente com os rosados interstícios labiais da Cátia Soraia ou as opulentas glândulas mamárias da Vânia Marina. Parece que ainda ninguém percebeu que este tipo de revista que nos anos 60 parecia agitar mentalidades e apelar à libertação sexual, quarenta anos depois, é aquilo que sempre foi: absolutamente machista, reaccionária, falocrata, proto-pornográfica, pseudo-cosmopolita, bimba, anacrónica, sem sentido e de burguesinho e muito duvidoso gosto. Espero que tenha o sucesso que merece...

13 comentários:

Selena Sartorelo disse...

Olá,

Sei que não está fazendo um favor em escrever,e imagino que isso não faz a menor diferença... mas se permitir vou te seguir, pois mesmo achando que empenha-se muito mais nas críticas do que nos elogios gostei daqui.Por questões óbvias. Claro!
Não é muito confortável te ler eu digo, mas me causa certo prazer fazê-lo.
Ainda bem que não concordo com tudo o que diz, se não que graça teria te levar ou não á sério.

beijos,
Selena

Al Kantara disse...

Seja muito bem vinda, Selena, a este modesto antro de mal-dizer. E sinta-se à-vontade para discordar. E tem razão, sim : sou muito avaro no elogio e pródigo nas críticas. São feitios...

Anónimo disse...

Lindo menino, sempre na vanguarda feminista.

Já o estou a imaginar, a ler as entrelinhas da Catarina Furtado e da Ana Malhoa.

Exagera um bocadinho, não faz mal nenhum, ver mulheres bonitas nuas. Em algumas situações, é até pedagógico.

Os psiquiatras tb recomendam para descontrair. Dizem que os homens precisam de estímulos visuais, então, em vez de olharem para o decote da colega de trabalho, compram revistas.

Por mim, acho maravilhoso, já estou a imaginar o mês manela ferreira leite e o mês ruth marlene.

Nus ficamos mais bonitos, não é? O nu é tão bonito, é um desperdício andarmos vestidos o ano inteiro.

Tânia Raquel

astracan disse...

Tenho que "confessar" ter sido assíduo consumidor das revistas playboy, penthouse e men nos idos anos de 1966, com a "respeitável" idade de 10 anos... enfim, como dizia um amigo meu "nessa altura, a insinuação de um mamilo sob uma t-shirt molhada, leváva-nos a ver um filme, logo... Entende-se. Hoje, com tanto mamilo sob, sobre, ante, por, para, perante... fica, mesmo só, a passagem do conceito mulher-objecto. After all these years...

Jon disse...

Bem...
Eu já sabia que as "estrangeirices" chegam sempre a Portugal uns aninhos depois do que na maior parte dos países da União Europeia, mas a Playboy abusou. Então agora que o Hugh Hefner já está com 81 anos é que resolvem trazer a revista? Para quê?
O "carolas" que teve a ideia fantástica ainda não deve ter internet em casa, só pode...
Da 1ª protagonista, só posso dizer que "o que ela quer é aparecer".
Entrou numa girls band (daquelas boas), participou num Big Brother, papa os concursos todos que pode e nas festas "Vips" do nosso maravilhoso Jet7 lá está ela, mais o namorado. Trabalhar que é bom, tá quietinha...
Enfim. Nós temos o que merecemos, mesmo...

Al Kantara disse...

Oh Tânia Raquel, estava a estranhar-lhe a ausência prolongada. (Até estava a pensar em fazer um post sobre a recusa de entrada na África do Sul do Dalai Lama só para ter o prazer da sua presença...)
Quanto ao seu comentário, estou absolutamente de acordo quanto à pedagogia do nu. E, de facto, ver mulheres nuas não faz mal nenhum nem causa alergias. Mas, que quer ? Tenho esta implicação antiga com o Hugh Hefner. É que não acho estético ver velhos porcos a babarem-se, senis, para as mamas da Pamela Anderson...

Anónimo disse...

1-Ai, minha santa mãezinha, acudam a margarida astral que está ali a manela moura guedes nua!

2- Tenho estado doente, com tanto inverno, agora já estou mais animada. Você também não me liga nenhuma, eu sou como as crianças, se não me dão atenção, está tudo estragado. Em vez de me dedicar canções, poemas, flores, não, é só Cuba, China e o meu rico PCP. Você é só amigo dos betinhos, da malta de Chelas, é só adeus do outro lado do passeio... ainda era capaz de me chamar gorda e gozar com a minha tatuagem (tenho um golfinho na barriga).

Tânia Raquel

Al Kantara disse...

Oh Tânia Raquel, já não lhe bastava o Castro, o Kim Jong Il, o Mugabe, os chineses, o partido e os amanhãs que cantam, também tinha que ter um golfinho na barriga ?!...(Ai esta rapariga que só me dá preocupações! Vá lá, não ser uma cruz com "Amor de Mãe" como legenda !...)

PS - Quanto ao mais, desde que passei os 75 Kg, nunca mais chamei gordo a ninguém...

Anónimo disse...

Também não vejo necessidade de termos a Playboy...afinal já temos a Maxmen e a outra que de momento não me recordo o nome...

Lília Abreu disse...

Bem,
Vamos ver quanto tempo dura.
Permite-me discordar: mesmo que a mulher seja apresentada como objecto , já não se sente como tal (embora, a partir de certa idade, apreciem os piropos , mesmo que mentalmente digam: "parvalhão").
Depois, confesso, nas filas do super, passo sp os olhos pelas revistas masculinas (QG, Maximen) e divirto-me IMENSO. A sério, rio, rio...
Os conselhos mais variados. desde o comportamento na cama, à sedução. O que as mulheres transmitem pela linguagem não verbal que contradiz a verbal, etc... Um pouco de instrução é sempre bem-vinda, rs
De certa forma, tb temos revistas femininas. São é muito mais discretas ou talvez hipócritas, não sei...
Já alguma vez pegou numa revista feminina e a comparou com a QG? Experimente, nem é necessario compra-las. E sinta a diferença.
Um abraço e excelente semana!
Lília

Al Kantara disse...

Cara Dulcineia, se eu tenho sabido mais cedo que quando elas mexem ao de leve no cabelo estão disponíveis para amar... Mas não, punha-me a ler os clássicos em vez de revistas educativas. Foi uma juventude perdida...

Lília Abreu disse...

rsrsrs
Ando sempre às escuras com os comentários. ver se arranjo uma tocha.
Agora dei com este, dei uma sonora gargalhada.

Bem, lá diz o ditado, como é que é? "quem em novo não..." olha, baralhei-me e não me lembro do resto, rs
Um abraço

6ºE2007 disse...

Bom, para ser franco, até que nem achei a Mónica Sofia nada má.

Pedro M.