Fawza Falih é uma pobre mulher analfabeta, presa em 2005 pela polícia religiosa saudita, espancada e torturada durante 35 dias de interrogatório, ao fim dos quais assinou com a impressão digital uma confissão que não sabe ler em que reconhecia ser bruxa. Foi condenada por um tribunal saudita à morte por decapitação, tendo o julgamento decorrido sem a mínima garantia de defesa. Um dos crimes que lhe imputam é o de, por meios sobrenaturais, ter causado a impotência de dois homens. Neste momento já falharam todos os recursos e só o rei Abdullah bin Abd al-’Aziz Al Saud lhe pode salvar a vida, o que não fez no caso de Mustafa Ibrahim, farmacêutico executado em 2 de Novembro passado pelo crime de feitiçaria, nomeadamente por ter tentado, por meios sobrenaturais, separar um marido de sua mulher.
Tudo isto se passa no século XXI, na era da globalização, com o Ocidente civilizado a assistir, impávido, à barbárie por um punhado de barris de petróleo...
4 comentários:
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Não é bem,só um "punhado" de barris de petróleo...
São 9 milhões e meio de barris por dia que sustentam um regime medieval com o qual todos se querem dar bem. Ainda vamos pagar isso com língua de palmo.
Faz-me lembrar uma "prestação", numa tertúlia cujo tema foi "Mãos", na qual duas mãos com luvas brancas evoluiam acima de um biombo até ao, apesar de TUDO, aperto de mãos final... remember? E/ou dos conceitos mais abjectos que conheço "business is business".
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