Estas duas personalidades juntaram-se para salvar o país em hora e meia e, nesse tempo, decidiram que Portugal salva-se atacando os desempregados e os beneficiários de prestações sociais. Ninguém os ouviu falar dos salários dos políticos, dos gestores milionários, dos 14% de IRC sobre a banca, dos salários da classe dirigente, da porradaria de oficiais generais, dos juízes, das reformas acima dos 5000 euros, das regalias no Banco de Portugal, dos milhões em pareceres para escritórios de advogados amigos, do combate à corrupção que custa milhares de milhões ao país, da tributação de toda a actividade económica falsamente sedeada em paraísos fiscais, de medidas que desburocratizem a economia facilitando o seu crescimento, enfim, ao fim de hora e meia de salvador diálogo, estes dois decidiram que os desempregados não querem é trabalhar e os beneficiários de prestações sociais têm de ser mais inspeccionados.
Isto é, o ataque à dívida, por agora, fica-se pelo ataque aos mais fracos e desprotegidos, tudo com ar de quem descobriu a pólvora e está a prestar um serviço ao país. Confrangedor...
6 comentários:
Confrangedor e revoltante! A hipocrisia do costume, o bode expiatório de sempre.
Ando a dizer a mesma coisa há meses.
Chegados s este ponto, a única coisa que o Governo está a fazer é a reduzir os estragos por ter sido ultrapassado pela direita. Com um telefonema...
os ricos que paguem a crise!
viva a reforma agrária!
a terra a quem a trabalha!
paz!pão!saúde!educação!
trabalho igual salário igual!
abaixo o capital!
viva a ditadura do proletariado!
nem mais um só soldado para as colónias!(ups..esta já não serve)...
Caro anónimo,
Não encontra no meu post referência explícita nem implícita às palavras de ordem que tão simpaticamente aqui colocou, sendo que algumas são mesmo absolutamente desapropriadas e não correspondem àquilo que eu queria dizer. Em relação à primeira, eu preferia dizer "que não sejam apenas os pobres a pagar a crise".
Em relação a todas as outras, por não corresponderem a nada do que escrevi, abstenho-me de as comentar, agradecendo, no entanto, o esforço folclórico que o caro anónimo fez para ter alguma (pouca) graça...
Al: só aquela imagem é que não abre, estes dois betinhos já aparecem. Já agora, e relativamente ao post, é uma questão de contas: poupa-se mais a espremer os "pobres", do que sacar aos "ricos".
Ortega
Só hoje descobri(que burro que eu sou) que as percentagens foram inventadas pelos "ricos" para enganar os "pobres"...
Eu explico:
Se aumentarmos 10% o ordenado mínimo de um desgraçado que o receba, ele terá 30 e tal euros de aumento.
Paralelamente, se aumentarmos 10% o ordenado de um gestor de topo que seja de 8.000 euros, ele terá no bolso mais 800 euros todos os meses. Percentagens...
Enviar um comentário