Este senhor chama-se Renato Schifani, é presidente do senado italiano e nasceu na Sicília o que, obviamente, não faz dele um mafioso. Nem o facto de, durante anos, ter tido sócios condenados por usura e extorsão e negócios com gente condenada por associação à Mafia faz dele um mafioso. No entanto, o facto de ter concebido uma lei em 2003 que concedia imunidade criminal às mais altas figuras do estado italiano, num documento à medida do problemático Berlusconi, faz dele, na minha modesta opinião, um político perigoso, astuto e pouco recomendável. O facto de ter movido um processo ao escritor António Tabuchi por este, num artigo, ter questionado as suas relações empresariais passadas só lhe fica bem. O facto de exigir uma indemnização de 1,3 milhões de euros significa que a direita italiana não perdeu aqueles tiques fascistolas que tanta graça lhe concede : já que não pode simplesmente eliminar, tenta assustar, pressionar e calar, numa estratégia de terrorismo económico, aqueles que se recusam a dizer que o rei vai vestido quando toda a gente vê que o rei vai nu. Isto é, que algumas figuras do estado italiano contribuem para a descredibilização da democracia italiana e que Itália, às vezes e vista de fora, mais se parece com um sítio mal frequentado que com um país europeu...
26 novembro 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Somos "governados" por filhos de puta desde os pimórdios... só que a capacidade ilimitada de sonhar que nos caracteriza faz-nos acreditar todos os dias que isto vai mudar... e, muda!
Só que muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito devagarinho.....
Enviar um comentário